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quarta-feira, 26 de maio de 2010

A DIFERENÇA DA FOFOCA E DO BOATO.

Pessoal, desta vez não teremos um comentário jurídico ou algo do gênero. Achei interessante, mas apenas para alguns, lógico, publicar um modesto pensamento sobre essa matéria tão controvertida.

Portanto:

“Mesmo que você nunca tenha tido aulas sobre a história da Rússia do século XVIII, é provável que já tenha ouvido a história de Catarina, a Grande. Catarina II, foi imperatriz da Rússia por 34 anos, até sua morte, em 1762.

Segundo dizem, morreu em circunstâncias questionáveis envolvendo um cavalo. No entanto, se você perguntar a alguém que se interessa por história vai descobrir que essa não é verdadeira. Na verdade, Catarina II morreu de derrame e não havia nenhum cavalo presente.

A história da imperatriz russa e o cavalo não é uma invenção recente - ela começou como fofoca há mais de 200 anos. Não se trata apenas de uma história picante, é um bom exemplo da natureza da fofoca.

É quase impossível descobrir quem foi o primeiro a contar a história.

Historiadores acreditam que nobres franceses inventaram isso com o objetivo de destruir a reputação de Catarina.

Tudo começou com uma tentativa maldosa de caluniar alguém e, possivelmente, dar reconhecimento social à pessoa que inventou a história.

Quando as pessoas repetem essa história hoje, acreditam que seja verdade, apesar de sua inerente estranheza.

A história é persistente e amplamente difundida circulando já há centenas de anos.

E, mesmo com muitos historiadores negando, as pessoas a continuam espalhando.

É o tipo de boato que a maior parte das pessoas não consegue deixar de espalhar, mesmo tendo decidido fofocar menos.

Mesmo que alguns detalhes possam ter mudado, a base da história é a mesma de 200 anos atrás. Assim, podemos dizer que a fofoca de verdade é diferente daquela brincadeira do ‘telefone sem fio’, que geralmente é usada para ensinar às crianças sobre as conseqüências da fofoca.

No entanto, ao contrário da história de Catarina II, nem todas as fofocas são maldosas ou falsas. Assim como os palavrões, outro uso da língua que muitas pessoas procuram evitar, a fofoca desempenha diversas funções dentro de grupos sociais, podendo algumas ser, de fato, úteis.

Sociólogos, lingüistas, psicólogos e historiadores pesquisam sobre a fofoca e como ela funciona na sociedade. De qualquer modo, é um fenômeno complicado de se estudar.

Como normalmente as pessoas fofocam espontaneamente e em particular, é quase impossível estudar a fofoca em ambiente laboratorial. Assim, muitos pesquisadores estudam a fofoca escutando a conversa dos fofoqueiros.

Além disso, quando os pesquisadores estudam a fofoca, nem todos usam a mesma definição. A maior parte começa com uma idéia básica: a fofoca é uma conversa entre duas pessoas cujo tema é uma terceira pessoa que não está presente.

Alguns pesquisadores acrescentam outras condições, como:

- é uma conversa que acontece reservadamente;

- as pessoas que estão conversando transmitem informações sobre as quais não têm certeza como se fossem fatos;

- as pessoas que estão fofocando e a pessoa que é o alvo da fofoca se conhecem na vida real. Segundo essa definição, a fofoca sobre celebridades não é bem uma fofoca, a não ser que o contador e o ouvinte sejam amigos da celebridade em questão;

- algo na linguagem corporal ou no tom de voz do contador sugere um julgamento moral sobre as informações que estão sendo passadas. Por exemplo, a frase ‘Clara tem um cachorrinho’ parece ser neutra.
Mas se Clara mora em uma república de estudantes que não permite animais e a entonação da pessoa que está falando é de quem está escandalizada, a frase passa a ser fofoca;

- de certa forma, os fofoqueiros se comparam à pessoa que é alvo da fofoca, considerando-se superiores a ela.

Para este comentário, usaremos uma definição básica: quando duas pessoas falam sobre uma terceira que está ausente e a conversa inclui murmúrios, julgamento ou tom de segredo, isso será considerado fofoca.

Normalmente, a fofoca é uma conversa entre duas pessoas, com um certo tom de conspiração.

Perceba a diferença entre a Fofoca e os Boatos:

Tanto os boatos como a fofoca possuem conotação desagradável, mas os pesquisadores discordam quanto a serem a mesma coisa.

Vamos ver um resumo dos diferentes pontos de vista sobre a fofoca e os boatos:

- são a mesma coisa;

- os boatos são um tipo específico de fofoca;

- a fofoca se baseia em fatos, ao passo que os boatos se baseiam em hipóteses;

- a fofoca é uma ferramenta para manter a ordem social, já os boatos são uma ferramenta para explicar coisas que as pessoas não entendem;

- a fofoca tem a ver com algo que as pessoas pensam que aconteceu, mas os boatos expressam o que as pessoas esperam ou temem que aconteça.”

Desta forma, corre um boato de que tudo isso é uma fofoca.

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